sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

AGRONEGÓCIO Richa defende redução de juros para a agropecuária

O governador Beto Richa defende a redução da taxa de juros do crédito rural para financiamento da próxima safra de verão 2017/18. Ele diz que essa é uma medida determinante para o setor agrícola, para que o setor contribua positivamente para a sustentação da balança comercial brasileira. “O agronegócio tem sido a sustentação da economia para o País e para os Estados, neste período de crise e desemprego acentuado”, afirmou.

A defesa da queda dos juros foi recomendada pelo governador à Secretaria estadual da Agricultura e Abastecimento, cujos representantes participaram de reunião promovida pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA) para discutir propostas para o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) para a safra 2017/18.

A CNA escolheu Curitiba, na sede da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), para sediar o encontro, que reuniu representantes dos governos e dos produtores dos três estados do Sul (Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina), que também apresentaram suas propostas.

A Secretaria estadual da Agricultura defendeu como ponto principal a necessidade de redução de três pontos percentuais da taxa de juros, que atualmente varia de 8,75% a 9,5% ao ano, em todas as linhas. Conforme a proposta, essa redução deve ser válida para as linhas de custeio, investimento e comercialização.

Foi consenso de todas as instituições participantes e dos produtores rurais que as taxas de juros precisam ser reduzidas para que o País volte a crescer e a gerar emprego e renda, para sair da recessão.

INFLAÇÃO - Para o secretário Norberto Ortigara, a redução das taxas de juros do crédito rural para a próxima safra é imprescindível e deve acompanhar a redução da inflação e da própria taxa Selic. “Usamos o mesmo argumento adotado pelo Governo Federal em 2015 e 2016, quando justificou a necessidade de elevar os juros em função dos elevados índices de inflação e taxa Selic. Agora, com esses indicadores em baixa, é justo e natural que os juros caiam, mantendo estimulado e aquecido o único setor em crescimento no Brasil”, afirmou.

Ortigara disse ainda que a Agricultura precisa ser apoiada efetivamente pela política econômica do governo federal, porque em 2016 o setor foi decisivo para o superávit da balança comercial. Segundo ele, as exportações do agronegócio brasileiro somaram U$S 84,93 bilhões e nesse volume o Paraná contribuiu com 13,5%, alcançando a U$S11,5 bilhões.

O diretor do Departamento de Economia Rural (Deral), Francisco Simioni, lembra que a CNA está promovendo seis workshops no Brasil, nos quais reúne as representações do setor agropecuário, lideranças públicas e privadas, produtores rurais e técnico. A intenção é contemplar as peculiaridades de cada região e identificar com antecedência as necessidades do setor para elaboração do Plano Agrícola e Pecuário (PAP).

Todos os anos a Faep, a Ocepar, a Secretaria da Agricultura e as instituições ligadas ao agronegócio paranaense se reúnem para discutir e elaborar as propostas para o Plano, numa ação sincronizada com todas as demais regiões do país. Este ano soma-se a esses trabalhos o apoio e as contribuições da CNA, que encaminhará documento único ao Ministério da Agricultura, sugerindo e defendendo as normas para a próxima safra de verão que deverá iniciar a partir do final de agosto/17.

Com as normas publicadas, volume de recursos aprovados, taxas de juros definidas, linhas de crédito para custeio, investimento e comercialização publicadas com antecedência, os produtores rurais poderão planejar com mais segurança as atividades que vão desde o pré plantio até a comercialização, destacou Simioni.

LINHAS DE CRÉDITO - Além das taxas de juros, foram trabalhadas propostas para adequação e priorização de linhas de crédito de custeio e investimento e ampliação de programas como o de Agricultura de Baixo Carbono (ABC).

Nesse programa, está sendo proposto ao Governo Federal a criação do ABC Ambiental, para a permitir o financiamento para manutenção das curvas de nível e terraceamento, prática indispensável para conservação de solos e uso da água.

De acordo com o secretário Norberto Ortigara, a falta de manutenção desses terraços traz consequências extremamente danosas ao meio ambiente e aos produtores rurais, reduzindo drasticamente os níveis de produtividade e renda.

Também foram estudadas propostas para ampliação do volume de recursos controlados com taxas de juros subvencionadas pelo Tesouro Nacional; aumento dos limites de financiamento aos produtores e cooperativas; o Zoneamento Agrícola de Risco Climático; a ampliação dos recursos para o Programa de Seguro Rural; a adequação das normas do Proagro; políticas de apoio à comercialização e o realinhamento dos preços mínimos de garantia, face aos aumentos dos custos de produção.

As propostas elaboradas nesse workshop serão sistematizadas e agrupadas às demais de outras regiões do país, considerando que estão sendo promovidos mais cinco reuniões, para posteriormente ser elaborado um documento final que será encaminhado na segunda quinzena de março ao Ministério da Agricultura e demais autoridades federais.

Participaram do encontro, em Curitiba, cerca de 40 pessoas entre representantes da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc), Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), produtores rurais e técnicos ligados ao setor produtivo.

Saiba mais sobre o trabalho do Governo do Estado em:
http:///www.facebook.com/governopr e www.pr.gov.br
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