O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), vai propor, nos próximos dias, que uma comitiva de membros da Comissão de Relações Exteriores da Câmara se reúna com o chanceler José Serra, ministro das Relações Exteriores, para pedir as providências cabíveis quanto à situação do deputado Luís Florido, presidente da Comissão de Política Exterior da Assembleia Nacional da Venezuela, que foi detido no aeroporto e teve o passaporte confiscado. Bueno vai convidar o presidente da comissão, Pedro Vilela.
“A situação na Venezuela está insustentável. O incidente com o deputado Florido é um absurdo, algo inaceitável. Estamos preocupados com a democracia”, disse Rubens Bueno. O líder está temeroso com a escalada de desrespeito aos direitos humanos naquele país, que vitima principalmente membros da oposição.
A deputada ítalo-brasileira Renata Bueno está acompanhando o caso e participará do encontro com Serra. “A Venezuela é um país em situação social gravíssima e para se chegar a uma saída é necessária uma mobilização na América do Sul, porque tem muita gente sofrendo e a democracia também padece”, disse. Segundo ela, Florido levava “a voz a outros países e por isso está sendo perseguido”.
A detenção do deputado e a retenção do passaporte pela Guarda Nacional ocorreram no aeroporto Simon Bolívar, em Maiquetía, perto de Caracas. Florido, que chegava da República Dominicana, tinha imunidade parlamentar.
Como presidente da Comissão de Política Exterior, Florido vinha mantendo encontros com várias instituições internacionais. Ele foi um dos deputados que solicitaram a ativação da carta democrática da Organização de Estados Americanos.
“Com a retenção do passaporte, o governo Maduro quer inviabilizar o trabalho do deputado, o que é uma invasão do Poder Legislativo”, disse Bueno.
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