quarta-feira, 6 de julho de 2016

Veterano de três Jogos Olímpicos, Gustavo conduz a tocha e marca presença no Rio 2016


POR ELIS BARTONELLI
Dono de um bloqueio temido pelos rivais, astro do voleibol foi campeão nos Jogos Atenas 2004 e medalhista de prata em Pequim 2008
Veterano de três Jogos Olímpicos, Gustavo conduz a tocha e marca presença no Rio 2016
Lembrando os bons tempos de quadra, Gustavo vibrou e levantou a torcida ao acender a pira em Passo Fundo, Rio Grande do Sul (Foto: Rio 2016/André Luiz Mello)
O ex-jogador de voleibol Gustavo Endres, de 40 anos, tem três Jogos Olímpicos no currículo. Ele esteve em Sydney 2000, ajudou a seleção a conquistar o ouro em Atenas 2004 e ficou com a prata em Pequim 2008. A partir deste domingo (3), o gaúcho de Passo Fundo também pode dizer que sentiu o gostinho de participar do Rio 2016, após conduzir a tocha Olímpica e acender a pira em sua cidade natal.
“É muito bom fazer parte dos Jogos Olímpicos, dessa simbologia. Ainda mais se eu posso fazer isso na cidade onde tudo começou”, diz.
Gustavo saiu de Passo Fundo em 1992 para treinar em São Paulo. Dois anos depois, estava na seleção brasileira juvenil, e em 1997 entrou para a seleção adulta. Temido por atacantes adversários, ele se consagrou na posição de meio-de-rede, levando títulos de melhor boqueio no Mundial de 1998, nos Jogos Olímpicos Pequim 2008 e na Liga Mundial dos anos de 2001 e 2007.
“Até hoje não sei dizer o que é preciso para ser um bom bloqueador. Acho que muito treino, concentração e observar os atacantes. E, claro, ter braços e mãos sempre na mesma posição. Um pouco de sorte também”, afirma.
Gustavo Endres no bloqueio: um terror para os adversários (Foto: Getty Images/Nick Laham)

Palpite sobre o Rio 2016

Irmão do ponteiro da seleção Murilo, Gustavo está de olho no desempenho da equipe brasileira nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Apesar do grupo forte na primeira fase, o ex-central não acredita que o Brasil terá dificuldades para avançar para as quartas-de-final. Mas vê a seleção numa disputa muito acirrada pelas medalhas com Rússia, Estados Unidos, Itália, França e Polônia.
“Analiso sempre o ciclo olímpico, que começou em 2013 e termina neste ano. A seleção masculina não conseguiu títulos importantes, faltou um pouco de tudo nas últimas competições. Mas a equipe é uma das favoritas, está com muita fome. E o fato de jogar em casa ajuda bastante”, avalia.
O ex-meio de rede está aposentado há um ano, quando deixou o Vôlei Canoas. Hoje, divide-se entre as atividades na administração da ex-equipe e a coordenação técnica do Projeto de Incentivo ao Vôlei, que tem cinco núcleos espalhados pelo Rio Grande do Sul. O programa atende 800 crianças e adolescentes de 10 a 18 anos nas cidades de Canoas, Caxias do Sul, Esteio, Sapucaia e Porto Alegre. A iniciativa é uma parceria do Ministério do Esporte com o Centro Universitário La Salle.
Paralelamente, Gustavo administra os talentos que tem dentro de casa. Os filhos Erick, de 16 anos, e Enzo, de 12, entraram para as quadras no ano passado. “O Erick já faz parte da categoria infanto do Vôlei Canoas. Eu me seguro para não pressionar, mas não posso deixar que seja só recreação. Quero que levem a sério quando forem treinar. Estão começando, mas seria maravilhoso se seguissem na carreira”, diz o pai coruja.
Confira os bastidores do revezamento da tocha com Gustavo:

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