Meio-campista, filho de mãe brasileira, defende a seleção da Dinamarca, uma das adversárias do Brasil nos Jogos Olímpicos
O nome não deixa claro, mas Emiliano Marcondes Hansen é dinamarquês, nascido e criado na cidade de Hvidovre, a menos de 10km de Copenhague. A mãe, brasileira, passou ao filho não apenas o primeiro sobrenome. Também é herança materna a paixão pelas coisas do Brasil, o futebol principalmente. Sorte da seleção da Dinamarca, que deve contar com o meio-campista justamente contra a seleção brasileira, no torneio de futebol dos Jogos Olímpicos Rio 2016.
“Com todo respeito aos jogadores dinamarqueses, acho que os brasileiros contribuem mais para o futebol, com seu jeito de jogar e driblar. Eu realmente acredito que tenho esse lado brasileiro”, disse Emiliano ao site da Fifa.
A paixão pelo futebol, segundo o jovem, intensificou-se com a separação dos pais. Emiliano continuou a morar com o pai na Dinamarca, enquanto a mãe voltou ao Brasil. "Eu sentia muita saudade da minha mãe, e jogar futebol era a única forma de preencher esse vazio”, diz o atleta, cuja referência é a seleção de 2002, com Rivaldo, Ronaldo e Ronaldinho. “Aqueles jogadores são meus ídolos de infância. Mais que Michael Laudrup, cujo talento eu obviamente respeito demais.”
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O meia, que joga no clube dinamarquês Nordsjælland, também defende a seleção nacional nas eliminatórias do campeonato europeu sub-21, cuja fase final será na Polônia, em 2017. Semifinalista da edição anterior, em 2015, a Dinamarca garantiu assim a vaga nos Jogos Rio 2016. E o sorteio proporcionou uma situação inusitada: um confronto contra o Brasil.
Enquanto aguarda a convocação que pode levá-lo a jogar na terra da mãe, Emiliano projeta dificuldade para os donos da casa no dia 10 de agosto, na Arena Fonte Nova. “Podemos dar nosso recado. Nosso time tem muita qualidade, tem talento em todas as posições. Somos inteligentes e temos um ótimo entendimento em campo”, diz ele.
Se no estilo de jogo ele é bem brasiileiro, na dedicação em campo é 100% dinamarquês. No nome, porém, prefere o meio-termo. "Na próxima temporada, vou usar apenas 'Emiliano' nas costas da minha camisa."
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