sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Índice de infestação de dengue está alto e Saúde reforça combate

O quarto e último levantamento do ano realizado esta semana pela Secretaria Municipal de Saúde de Campo Mourão aponta que o índice de infestação da dengue na cidade está em 4,26 por cento, considerado de “alto risco”. Os bairros com os maiores índices são os jardins Santa Nilce/Conrado (11,54%), Paulino/Europa/Pq. Industrial (11,43%), Cidade Alta (11,11%) e Lar Paraná/Vila Cândida (10%).
Segundo o coordenador do Comitê Gestor da Dengue, Carlos Bezerra, essa situação já era esperada. “O inverno atípico que tivemos, com temperaturas altas e chuvoso, aliado a capacidade do vetor adaptar-se ao meio ambiente e à negligência de uma parcela da população, contribuiu para essa situação”, observou, ao acrescentar que o índice considerado satisfatório deve ser inferior a um por cento.
Segundo ele, o trabalho no combate à doença será intensificado para evitar uma epidemia. “Com a contratação dos novos agentes estamos com a equipe completa e o trabalho será permanente, a começar por esses bairros com índices mais altos”, reforçou. O levantamento identificou que os principais criadouros da larva do mosquito são lixo (56%), piscinas (16%) e árvores ocas e plantas (11%).
O levantamento também mostrou que as ações intensificadas na região do Cemitério Municipal, surtiram efeito. “Essa região, que tinha os índices mais altos, agora baixou a zero, como é o caso dos jardins Isabel e Nossa Senhora Aparecida”, disse Bezerra. Ele atribui ao trabalho realizado dentro do cemitério para evitar acúmulo de água nos vasos e flores, bem como ao mutirão nos bairros vizinhos que recolheu lixo e entulhos. “As ações deram resultado e serão ampliadas para bairros estratégicos”, completou, ao lembrar que não fosse esse trabalho a situação poderia ser pior.
Bezerra reforça a necessidade do envolvimento da população. “O mosquito, ou pernilongo como alguns querem chamar, está nascendo e em expansão. É preciso que as pessoas não descuidem dos seus quintais, não deixando nenhum tipo de recipiente que possa acumular água”, conclama o coordenador. Ele lembra que além da dengue, o mosquito Aedes Aegypti transmite o zika vírus e a Febre Chikungunya.

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FG Canudos